domingo, 16 de junho de 2013

Oráculo Manual



Oráculo Manual


Para quem é Paciente de Frente (PF), a doença é arma de mudança e
conhecimento.

O Paciente de Frente lembra: Todos os fenômenos, coisas, sentimentos, pensamentos,
  pessoas são um sintoma, seja para
    a) a eficácia ativa, progressiva, revolucionária da doença
    ou
    b) para a eficácia reativa reacionária, passiva da doença.

Quem se aproxima de tudo como um sintoma faz tudo doente,
converte o paciente no ativista, quer seja ou
    a) no revolucionário
    ou
    b) no reacionário.

Quem pode dizer, no que ele
converte-se?
Cada um
como um terceiro (Dritter) pode dizer se ele faz o tornar-se doente (Krankwerden)
    a) ativamente
    ou
    b) passivamente.

De que
meios que o terceiro faz uso, respectivamente, quais meios fazem uso dele, quando ele quer transformar o sintoma
    a) em um momento ativo
    ou
    b) em um momento reativo?

Em ambos os casos é a doença que faz uso dele.


Ele, em qualquer caso, está fazendo uso
ou
    a) do conceito da doença
    ou
    b) do modelo da doença.

Como ele
pode dizer se ele está fazendo uso do conceito da doença
                                                       ou do modelo da doença?

No primeiro caso ele, assim que torna-se doente,

        1. continua sendo ativo e vai até o fim do que ele é capaz
        2. reativa os rastros da doença em tudo e em todos e experimenta a alegria que acompanha
        3. reconfigura, transforma, domina e subjuga o momento reativo em sua totalidade e em todas as suas partes.

No segundo caso,
ele pode dizer que ele a partir do modelo da doença
        1. valoriza e calcula em termos de saúde e vive para a sua saúde ao invés de viver
        2. busca e enfatiza tudo, que o está separando-lhe da doença, tudo, o que está destruindo atividade do ponto de vista do iatroimperialismo (danos, benefícios, conseqüências)
        3. se utiliza da atividade de tornar-se doente e explora e subjuga o momento revolucionário ativo, "ativa" a má consciência (culpa na doença) e lamentações, separa a doença do que ela é capaz e a torna contra si mesmo.

O terceiro é
ou o arquiatra (médico), p. ex. tudo pelo qual alguém impede à doença de se elevar além de si mesma são valores, como: que dizem os outros (orientação para a / sua impotência), é isto também verdade, foi isto uma vitória, não foi principalmente por causa do capitalismo, do Estado, das leis, da nossa atitude ...
    ou
                seguindo os sintomas, continua a dissolver tudo
                em qualidades
                e atividades.

PF/SPK(H), 1977


Edição final:


Huber

Krankheit IM RECHT

quinta-feira, 30 de maio de 2013

11 vezes doença



Teses e Princípios

(Do livro "SPK – Fazer da doença uma arma",
KRRIM - PF-Verlag fuer Krankheit)

11 x DOENÇA

    1. Doença é condição e resultado (Voraussetzung und Resultat) das relações de produção (Produktionsverhältnisse) no capitalismo.

    2.
Doença sendo a totalidade das condições de relações capitalistas de produção é a força produtiva (força de produção, Produktivkraft) por excelência para o capitalismo.

    3. Como o resultado das relações capitalistas de produção a doença em sua forma desenvolvida como protesto da vida contra o capitalismo é o poder revolucionário produtivo por excelência para todos os seres humanos.

    4.
Doença é a única forma em que a "vida" no capitalismo é possível.

    5.
Doença e capitalismo são idênticos: na mesma medida em que o capital morto (totes Kapital) é acumulado, um processo que corre em paralelo com a aniquilação do trabalho humano, a chamada aniquilação capital (Kapitalvernichtung), tornando-se uma questão comum, a doença torna-se mais ampla e cada vez mais maligna (Verbreitung Intensität von und zu Krankheit nimmt).

    6. As relações de produção no capitalismo envolvem que trabalho vivo (lebendige Arbeit) tem de ser transformado em matéria morta (bolsas Materie: mercadorias, capital). A doença expressa esse processo, o qual está em progresso permanente e ganhando terreno.

    7.
Doença é o desemprego velado e na forma de contribuições para a previdência sendo impostas (Sozialabgaben) a doença é o amortecedor de crises (Krisenpuffer) por excelência no iatro-capitalismo.

    8.
Doença em sua forma subdesenvolvida é a inibição e impedimento e, portanto, a prisão interior dos solitários (der Einzelnen).

    9. Se conseguirmos liberar a doença da administração, exploração (Verwertung) e  custódia (Verwahrung) através das instituições de saúde e se a doença surgir na forma de resistência coletiva existe a situação, em que o Estado tem de intervir, a fim de substituir a prisão interior dos pacientes por, prisões "reais" (richtige) externas.

    10. O sistema de saúde pode progredir com a doença somente com a condição de que pacientes sejam totalmente fora-da-lei.

    11. "Saúde" é senão uma fábula biologistica-nazistica da mente (Gesundheit ist ein biologistisch-nazistisches Hirngespinst), a função desta invenção é velar a cabeça dos que fazem dos outros de estúpidos e dos que foram feitos de estúpidos (Verdummer Verdummten dieser und Erde ) que a doença é condicionada pela sociedade e também velar a função social da doença.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Exemplo 'mania' de perseguição - momentos progressivos e reacionários de uma doença



Existem diferenças entre ratos de biblioteca e trêmulos de-lirantes?

Solução: decapitar ao iatrocapitalismo


Exemplo 'mania' de perseguição - momentos progressivos e reacionários de uma doença.

A "mania" de perseguição é uma doença extremamente generalizada; no sentido mais amplo é a doença social por excelência. A palavra "mania" de perseguição não é mais do que um rótulo que mostra a falta de compreensão por parte de quem a inventou. Quando alguém está vendo em todas ou em quase todas as impressões que ele experimenta ao seu redor  uma ameaça à sua existência , à sua "vida", e quando a sua fantasia também está produzindo impressões (alucinações), para as quais não se podem comprovar nenhumas causas diretamente identificáveis, no presente material, então é declarado paranóico ou maníaco de perseguição pelos diagnosticadores médicos. Agorafobia (o medo de atravessar espaços abertos), fobia de pontes, claustrofobia (medo de quartos lotados e fechados), hipocondria (medo do fracasso do próprio organismo), eritrofobia (medo a avermelhar), etc., são apenas manifestações particulares da "mania" de perseguição. "Mania" de perseguição não é nada mais do que o reverso etiquetado proscrito, discriminado e difamado ou a continuação do que é chamado na linguagem popular de "desconfiança saudável". "Mania" de perseguição é o produto do fato de que na sociedade capitalista cada um é objeto, e a "mania" de perseguição é uma manifestação da relação polarizada entre a vida e o capital, entre a matéria orgânica , viva e a matéria inorgânica , morta.

Um isolado tem angústia, sente-se ameaçado por "poderes" desconhecidos, porque para este a realidade social é impenetrável, é estranha para ele, porque ele é alienado desta realidade e ela é alienada a ele: a condição da sociedade capitalista é precisamente o isolamento e inconsciência. O momento reacionário da doença "mania" de perseguição é a inibição, o que significa a paralização para o “maníaco” de perseguição sendo objetivamente indefeso, isolado e alienado. Seu momento progressivo é o protesto contra as relações dominantes de produção, as quais o doente experimenta - absolutamente adequado à realidade - como algo hostil, inclusive como algo que ameaça a vida. A tarefa e função da agitação devem ser: fazer a realidade social compreensível para o doente e que seu protesto sem rumo fixo e paralizado se tornem ações coletivas de resistência e ataque contra as condições sociais patogênicas e destrutivas.

O uso destrutivo, a exploração (Ausbeutung) da "mania" de perseguição como uma doença social se manifesta na mobilização do momento reacionário da "mania" de perseguição pela pequena minoria radical dos agentes e cúmplices do capital que dispõem da totalidade do potencial material de violência da sociedade (armas, prisões, tribunais, clínicas, hospitais psiquiátricos, asilos, etc, etc.).: XY-Zimmermann, histerismo a respeito de Baader-Meinhof, ordens de busca e apreensão, as instigações da banda Genscher -Springer-Loewenthal.

O temor dos dominantes (então sua "mania" de perseguição) é por outro lado a resposta totalmente adequada à realidade, ao poder latente e constantemente reprimindo à força da população a que age coletivamente e solidáriamente; "seus mil medos são vigiados de mil maneiras diferentes".

Tanto o isolado como a massa amorfa da população são objetos e não sujeitos do processo histórico.

O alienado, o manipulado, o perserguido, o "maníaco" de perseguição são entregues sem defesa ás relações de produção objetivamente assassinas da "ordem" social dominante. Então, a "mania" de perseguição é uma manifestação adequada à realidade.

Quando em uma conversa anódina em um bar o "maníaco " de perseguição é perguntado por um estranho pela sua origem e sua direção, o "maníaco" de perseguição poẽ-se nervoso e fica com medo de que seu interlocutor seja um agente do serviço secreto. - Na verdade, existem muitos desses agentes e muitas pessoas que trabalham, sem sabê-lo ou por interesse egoísta, como informantes para estas e outras instituições do Estado (mais uma vez" mania"de perseguição). Quando o "maníaco" de perseguição come um arenque, imagina-se que poderia ser envenenado para adoecê-lo ou para matá-lo, a ele como pessoa. -A chamada poluição ambiental resultante do capitalismo, que é hostil à vida, é um fato, uma ameaça muito real para a vida humana.

Ou o "maníaco" de perseguição tem um pouco de dinheiro ou um posto de trabalho. Ele está com medo de perder o dinheiro ou seu posto de trabalho, ou que alguém lhe roube o seu dinheiro ou que um colega "melhor" obtenha o seu posto de trabalho. -O pouco dinheiro que tem é a sua "carteira de identidade", a única coisa que lhe permite comer, abrigar-se, têr a moradia, o posto de trabalho é a única maneira para ele de "realizar-se", para ganhar a vida. O dinheiro e o posto de trabalho são para ele sua vida. -Mas há penúria e miséria, portanto há ladrões. E há o  princípio de concorrência, portanto, há egoístas sem escrúpulos. E há capitalismo onde os que não têm dinheiro, nem emprego, são menos do que nada e são convertidos em brinquedos para os interesses dominantes; há o capitalismo em que o trabalhador doente, reprimido, explorado é roubado continuamente por lojas de departamento, pelos bancos, os proprietários através de preços, juros e aluguéis; há o capitalismo, em que as empresas são fechadas, ou "racionalizadas" sem levar em conta as necessidades dos trabalhadores.

O "maníaco" de perseguição tem medo de ir ao médico, tem medo do exame médico, da terapia, das injeções, das operações, etc. - Antes do exame seus dados pessoais são registrados e também a sua biografia (anamnesis), tem que apresentar a sua carteira de identidade como na delegacia de polícia, tem que apresentar a sua carteira (segurado ou não) como no supermercado ou como na casa do futuro sogro, tem que tirar a roupa e permitir que lhe toquem e olhem como uma vaca em uma feira de gado, e tem que aceitar o diagnóstico como o acusado a decisão do juiz. E depois vem a terapia, a sentença: não deve fumar, não deve beber, tem que agüentar que lhe apliquem injeções que lhe doem, tem que passar por operações, tem que permitir que lhe tomem os órgãos ou membros. E nunca inteirará-se, - nem durante o exame médico, ou após a "cura" – do como e do porquê!

- Mania de perseguição? - Não, realidade!

Ou o "maníaco" de perseguição se dirige a um jornal para sugerir a este escrever um artigo sobre as suas necessidades e as necessidades da sociedade. O jornalista atua como um representante de interesses sociais. O jornalista conta-lhe como "um" tem que apresentar o seu problema, conta-lhe da pressão das circunstâncias (Sachzwaenge) da "opinião pública", da clientela que insere anúncios e assinantes quem devem ser levados em conta. Finalmente, se o "maníaco" de perseguição tem sorte, talvez publiquem um pequeno artigo em que o "maníaco" de perseguição não reconhece ele próprio ou o seu problema. Parece-lhe que ele já não entende mais o mundo. E então, de repente , é publicado um longo artigo escrito por um professor ou mesmo um ministro que diz algo completamente diferente. Este diz que o "maníaco" de perseguição é um maníaco de perseguição, que é louco e é um criminoso e que "não pode ser tolerado e deve ser eliminado rapidamente". Mania de perseguição? Não! Realidade!

Ou o "maníaco" de perseguição se sente ameaçado e perseguido por assassinos quando ele chega em casa à noite. Figuras escuras o seguem secretamente. Mas ele ainda não aprendeu, nem na sua casa paterna, nem na escola, nem durante a aprendizagem, nem na faculdade, que a sociedade capitalista é baseada em assassinato, que a sua "vida" não é nada mais do que um produto residual da acumulação capitalista, que o assassinato sistemático e freiado (gebremst), tal como se manifesta na doença, é condição e resultado das relações capitalistas de produção. E ele não temse-inteirado de que é espreitado e perseguido dia e noite, de que a sua casa está cercada por policiais à paisana, disfarçados como salteadores e de que as instituições e as agências do capitalismo pretendem suprimir e matar qualquer impulso vital dos reprimidos e explorados por todos os meios, seja por um decreto ministerial, seja por uma difamação pública, seja por uma bala de uma metralhadora da polícia.

O homem ou a mulher que estão com medo de ser assassinados têm razão! Apenas há de explicá-los por que eles têm razão . Então seu medo se torna uma arma.

"Fazer da doença uma arma" - isto é o princípio do SPK.Tomado do livro:  SPK – Fazer da doença uma arma



EMF: Expansionismo multifocal –"Foco"




EMF: Expansionismo multifocal –"Foco"



Tomado do livro: SPK – Turn illness into a weapon
(SP– Fazer da doença uma arma)

Do modo de trabalho e do modo de organização do coletivo, isto é: agitação pessoal e de grupo, grupos de trabalho científicos, trabalhos de informação ao público, expansão permanente do coletivo - se desenvolve o princípio do expansionismo multifocal como nova qualidade. O princípio do expansionismo multifocal já está contido como germe na essência da auto-organização dos pacientes: Cada doente como isolado é o foco (Brennpunkt) (centro de cristalização) das contradições sociais em um estágio mais ou menos desenvolvido. No processo de agitação pessoal e de grupo se trabalham e se desdobram estas contradições em cada um que supera assim deste modo passo a passo e em repetição permanente no isolamento: Primeiro relativo ao seu companheiro de agitação pessoal, em seguida, relativo ao grupo de trabalho, para experimentar e formar, enfim do seu lado , como parte do coletivo, a realidade e a atividade deste coletivo. Em um processo de repetição permanente cada um recorre a estas etapas:

subjetivamente sujeito - objeto objetivamente

subjetivamente objeto - sujeito objetivamente
para experimentar e produzir, finalmente, através da produção consciente da consciência coletiva , os momentos de unidade do ser e da consciência, que é a nova qualidade de identidade política. O foco é algo que conhecemos da ótica de raios: uma lente convergente, por exemplo, reune todos os raios de luz que passam por ela em um ponto, em um foco, o ponto focal (Brennpunkt). Mas foco tem também outro sentido, ou seja, que tal foco é o ponto de partida de efeitos, por exemplo um foco de disturbios ou também uma simples cozinha, um fogão que é o ponto de partida de efeitos do calor. Assim, a palavra "foco" tem um duplo sentido: ponto focal, ponto de convergência, foco por um lado; e ponto de partida, cozinha, fogão, por outro lado, "foco" como a denominação de uma unidade contraditória e dialética.



Cada doente é um foco de uma maneira específica. Cada um (jeder Einzelne) é objetivamente foco das contradições sociais. No processo de desdobre consciente das contradições reunidas na doença que são a inibição e o protesto, esta qualidade "foco" como ponto focal (Brennpunkt) das condições (contradições) sociais torna-se uma qualidade subjetiva, significa que o doente, estando consciente de seu sofrimento e das relações sociais, é objetiva e subjetivamente foco. Doença como consciência do sofrimento, como inibição consciente é condição e superação tendencial (tendenzielle Aufhebung) da qualidade "foco" como ponto focal (Brennpunkt) para a nova qualidade "foco", como fogão (Herd). Somente pela consciência do papel de objeto total, pela consciência e compreensão da doença como inibição, é possível a liberação do momento progressivo como protesto consciente. O processo da superação da qualidade "ponto focal" (inibição) para a qualidade "fogão" (Herd) representa a emancipação do objeto por meio da cooperação e da solidariedade, e só dessa forma um objeto que suporta se torna um sujeito que age (vom Behandelten zum Handelnden).

Tradução do Brasil

Redação final: HUBER
                          KRANKHEIT IM RECHT




Frente de Pacientes / Coletivo Socialista de Pacientes, PF/SPK(H), 06.05.2013







Doença como arma revolucinária




Fazer da doença uma arma





Lançar uma pedra em um centro de comando do capitalismo é uma coisa. Mas transformar uma pedra renal em atividade é o mesmo. Nós temos que proteger-nos contra pedras renais! Doença como uma arma revolucionária. A ação tem que ser desenvolvida a partir do sofrimento. É o médico que tem que ser atacado, ele é mais tangível que um míssil. A doença, no entanto, também pode liquefazer a pedra, e pode corroe-la. O calor coletivo e a febre impõem-se contra a força da natureza potencializada, seja a forma a qual ela adote. O alvo do ataque: o médico, ele é o centro de comando. A guerra contra os médicos é o principal ponto estratégico, sem esta guerra contra os médicos nunca pode haver nenhum fim da opressão e nenhum início da libertação em nenhum movimento de libertação, em nenhum! Sem esta guerra contra os médicos nunca pode haver utopatia, isto é: a espécie humana .Tomado da capa do livro:  SPK – Fazer da doença uma arma

Iatro-Imperialismo

Iatro-Imperialismo

Estar atualizado nos dias de hoje significa o seguinte: A maior indústria não é mais a que produz armas, computadores, carros, ou espaçonaves. A maior indústria dos dias de hoje é aquela que finge que produz saúde, isso significa dizer, algo que nunca existiu e que na verdade nunca existirá, exceto como um produto da ilusão alimentando nazismos em todas as suas passadas e futuras variações (HEILwesen). O capitalismo pega os seus maiores ganhos dessa indústria no topo e o dia não está longe, no qual metade da população no mundo ocidental todos os dias será ou empregados dentro de hospitais ou explorados (ausgebeutet) lá como pacientes-dos médicos (Arzt-Patient), a outra metade. Sistema rotatório. Por divertimento? Apenas para os respectivos governantes (CÉUS!) planetários ou governantes estrelares.

Ao leitor das próximas páginas então, de forma alguma, é pedido para considerar a expressão antagonismo de classes como um fóssil Marxista. Na verdade, Hegel, o famoso antecessor de Marx aguardava um desparecimento do antagonismo de classes devido à colonização, feita pela burguesia em ascensão no século XIX. Mas por um bom tempo desde então, o antagonismo de classes voltou de lá, não às fábricas, governadas por sindicatos e pelos chefes, mas aos hospitais governados pelos médicos, submetendo e explorando os pacientes, produzindo a mercadoria ilusória saúde inteiramente nestas fábricas, apesar de todos os sindicatos, apesar de todas atividades de guerrilha.

Mais em comum: A doença como espécie para criar a espécie humana ou especialistas médicos para destrui-la por todos os tempos (die MenschenGATTUNG gegen deren Zerstörungs- und EndlösungsKLASSE), esse é o antagonismo de classes nos dias de hoje e o único problema real a ser resolvido.

Mais uma vez: pacientes unidos com a espécie ao invés de especialistas limitados (Patienten mit Gattungsbezug gegen Fachidioten jeder Sorte).

Aqueles que fingem que o antagonismo de classes desapareceu há muito tempo e agora, de repente, a espécie humana precisa ser salva (o que tem que ser salvo? Contra quem e contra o que este o que precisa ser salvo?!), aqueles como Gorbatschow e Dutschke assim como Francis Fukuyama, enquanto mencionavam a palavra 'Gattung' (espécie) ocasionalmente, nunca tinham nada a ver com o problema nem com a solução, mas o velho Hegel talvez. Lembrem que para Hegel exclusivamente a doença é o que representa a espécie no nível da humanidade e também, dialeticamente, o fracasso da espécie. É bem claro tambén desde Hegel que o despertar de uma espécie humana é conectado com o como das comunidades ao passo que o fracasso da espécie humana, sofrido pela mesma pessoa (der jeweiligen Einzelperson), é conectado ao sitema médico, que, horribile dictu, está condenada a falhar por todos os tempos, desde suas origens, porque, nas palavras de Hegel, soletradas da minha própria maneira: "Krankheit ... das INDIVIDUUM, sich gleichsam mit sich selbst beGATTEND", para adicionar: ... unTEILbar unHEILbar. ["Doença ... o indivíduo, acasalando-se (espécie) em certo modo consigo mesmo", para adicionar: ...nãoSEPARÁVEL, nãoCURÁVEL.]

O imperialismo continua também a existir. E como. E onde!
Enquanto isso, vocês podem esquecer o mapa geográfico, associado a essa expressão nos livros de Marx e Lênin e tudo sobre (fim-da-história Fukuyamática) liberdade e totalitarismo, ditadura e democracia.

Peguem o mapa médico e vejam o seu cerébro colonizado e governado por nomes (e os métodos médicos co-relacionados!) como Parkinson, Alzheimer, Bleuler, e por aí, o seu estômago por Billroth, o seu pescoço com a glândula tireóide por Basedow, os seus músculos e seu (talvez assim chamado histérico) comportamento por Charcot e Freud e associem o que marxianos têm escrito sobre imperialismo – então ainda longe de um assim chamado mercado livre, hoje um imperialismo feito ao redor de bancos de transplantes. Um imperialismo negociando com orgãos de p. ex. crianças aqui e agora assim como tão longe com países e pessoas, como anotado nos livros marxianos.

Em tempos mais remotos existiam mapas astrológicos nos quais os governadores do seu cerébro têm nomes como lua (luna) ou câncer, os governadores dos seus músculos Marte e por aí. Aqueles velhos nomes os quais representam portas de entrada e bancos de trocas ainda existentes para outros demoniôs e diabos, possuindo e obcecando, interessados em imperialismo, mas inimigos de todas as formas de revoluções no que diz respeito à ambas , ditamente questões cósmicas e socias, com certeza (Revolução cósmica-social, kosmisch-soziale Revolution).

No futuro existirão mais e mais grupos formados por forças especiais da doença, desenvolvendo a real in-dividuação (expansionismo multifocal, EMF). Uma força especial da doença é a mania que, se desenvolvida coletivamente, funciona como uma espécie musical (Musikgattungswesen, nicht harmlos) matando toda disciplina, por transcedência. O mesmo sobre um coletivo que desenvolve os seus vícios auto escolhidos (Koerpersuechte) exercitado corpo a corpo, pois o vício então é uma arma mortal contra as drogas e medicamentos, enquanto tornam todos os corpos em uma espécie bem temperada (Waermekoerper, wild), assim por imanência. Você já dividiu uma melodia, o calor, uma doença ou alguma outra espécie? Claro que não, pois tais individualidades ou são indivíduos ou divisível, assim não indivíduos.

Talvez Platão e Bergson esqueceram de mencionar isto na totalidade, agora necessário permitir fazê-lo, e Plutão, agrupando o impoderável em peso, o peso em impoderabilidade, portanto está raivoso com eles e recorrendo à terremotos.

Faça uso das suas próprias experiências sobre doenças e coloque a fantasia em ação.

Disso trata-se quando pergunta-se como estar atualizado nos dias de hoje. SPK - FAZER DA DOENÇA UMA ARMA é o primeiro olhar para um futuro que deve ser feito, livre de (Endloesungs-) nomes, governadores, fábricas de saúde e por aí. Nós o chamamos Utopatia.

Let’s go west
gold‘ illness dawns best

Morreu o ocidente
doença segue fazendo frente


Tomado de SPK – Turn Illness into a Weapon (SPK - Fazer da doença uma arma), préfacio por Huber, PF/SPK(H).




Tradução do Brasil

Redação final: HUBER
                          KRANKHEIT IM RECHT


Frente de Pacientes / Coletivo Socialista de Pacientes, PF/SK(H), 20.04.2013